A nossa saúde mental pode ser afetada por diversos acontecimentos, como o estresse, traumas do passado e do presente e até mesmo pelo estilo de vida que levamos. Mas você sabia que a alimentação pode afetar diretamente o bem-estar da sua mente?
Desde a infância ouvimos falar sobre como uma alimentação saudável é essencial para a nossa saúde e não faltam estudos sobre os benefícios dos alimentos para cada parte física do corpo humano. No entanto, não é comum ver a relação entre a comida e a saúde mental.
Neste post vamos explorar o tema “alimentação e saúde mental” e trazer algumas dicas sobre o que você pode começar a fazer hoje mesmo para garantir mais bem-estar e disposição no dia a dia. Quer saber mais? Acompanhe!
Qual a relação entre alimentação e saúde mental?
De acordo com um estudo divulgado pela Asbran, as pessoas que têm uma alimentação rica em verduras, frutas, peixes e grãos não processados têm cerca de 25% a 35% menos chances de desenvolver depressão.
Isso mostra que as doenças psiquiátricas, como depressão e ansiedade, não são diferentes das doenças físicas e causam mudanças no organismo em nível molecular. Além disso, apostar nos alimentos certos pode ajudar no tratamento dessas doenças, independente da sua causa verdadeira.
Outro fato curioso é que a produção de neurotransmissores e alguns hormônios acontece, primeiro, no intestino. A serotonina — também conhecida como o hormônio da felicidade — tem cerca de 90% de sua produção no intestino. Sabendo disso, fica mais fácil entender porque o que comemos afeta nosso humor e saúde mental, não é mesmo?
Medicina integrativa, alimentação e saúde mental
A partir desses estudos, a medicina integrativa tem se desenvolvido e ganhado cada vez mais adeptos. Como o próprio nome diz, essa vertente da medicina procura integrar todos os pontos do indivíduo antes de tratar qualquer problema de saúde, e leva em consideração o lado físico, mental e até espiritual de um paciente.
Dessa forma o tratamento procura resolver o problema desde sua raiz, integrando terapias alternativas aos medicamentos alopáticos tradicionais.
Como escolher o tipo de alimentação adequada?
Quando o assunto é alimentação e saúde mental, seguir dietas prontas pode não ser o melhor caminho para ter bons resultados. Isso porque é preciso entender cada caso de forma individual, as necessidades em relação as vitaminas e até mesmo a genética de cada indivíduo.
De uma forma geral, o mais importante nesse contexto é o padrão da dieta de uma pessoa e não os nutrientes em si. Em outras palavras, é mais importante manter a constância de uma alimentação saudável do que escolher alimentos específicos.
Portanto, a primeira dica é priorizar alimentos naturais, como frutas, legumes, verduras e hortaliças, em todas as refeições. Além disso, não deixar de lado os alimentos que são fonte de gordura boa, como os peixes, oleaginosas e azeite extra virgem.
Também é possível que uma dieta pobre em vitamina B12 e folato favoreçam os sintomas da depressão, por isso, invista em bebidas à base de vegetais, ovos, leite e derivados, atum, assim como folhas verdes escuras, cereais integrais, cogumelos e fígado.
Uso de probióticos regula a microbiota intestinal
Nós falamos por aqui como o intestino está ligado ao cérebro, principalmente na produção de alguns neurotransmissores e hormônios que estão diretamente ligados ao bem-estar, humor e até mesmo à felicidade.
Os probióticos são microrganismos vivos que, quando ingeridos, regulam a microbiota do sistema digestivo e intestinal, beneficiando o corpo como um todo, incluindo os processos neurotransmissores cerebrais.
O kefir é um exemplo de probiótico natural, que pode ser cultivado em casa e se assemelha ao leite, podendo ser ingerido com outros alimentos, vitaminas e receitas em geral. Além disso, é possível apostar nas versões em cápsulas, que são práticas e não necessitam da manutenção do kefir.
No entanto, é essencial consultar um médico antes de começar qualquer tratamento que envolva o uso de medicamentos e vitaminas.
Beber água também é parte do processo
A alimentação saudável não se limita apenas aos alimentos em si, mas também ao consumo de água. Além de manter o corpo hidratado, a quantidade certa de água facilita a digestão, transporta os nutrientes até os tecidos e aumenta a absorção das vitaminas e minerais.
Nesse ponto, também é preciso pensar na necessidade pessoal de cada um. Para descobrir a quantidade de água adequada para você, é possível fazer um cálculo simples: basta multiplicar 35 ml de água pelo peso corporal.
Por exemplo, uma pessoa que pesa 65 kg deve fazer o seguinte cálculo: 65 x 35 = 2.275, ou seja, 2 litros e 275 ml de água por dia.
Portanto, se você se alimenta de forma saudável, mas não tem o hábito de beber água, isso também pode impactar na sua saúde mental.
Como saber quais alimentos impactam a saúde mental?
Assim como existem os alimentos que podem ajudar, também existem aqueles que atrapalham. Não é muito difícil saber quais são eles, uma vez que costumam ser os vilões da saúde em diversos aspectos.
Os alimentos processados, como salsichas, linguiças, hambúrguer e outros são ricos em sal, sódio e açúcares, componentes que inflamam o corpo e favorecem os sintomas da depressão e ansiedade, além de outras doenças.
Outros produtos industrializados, em geral, causam o mesmo efeito no corpo, mas fazem parte do dia a dia da maior parte das pessoas. São eles as bolachas, salgadinhos, refrigerantes e similares.
Além disso, as bebidas alcoólicas não costumam ajudar, principalmente para quem já tem algum tipo de problema emocional.
Por fim, a verdade sobre alimentação saudável e saúde mental é que não existe alimento milagroso, nem um que seja totalmente prejudicial. O ideal é procurar manter o equilíbrio e adequar a alimentação com a sua rotina e realidade, entendendo que manter uma alimentação saudável é o ponto chave de transformação da saúde.
Nesse ponto, a medicina integrativa funciona como uma grande aliada! Por meio do profissional certo, você pode descobrir quais são as suas necessidades a um nível mais profundo, considerando diversos aspectos além das questões físicas.
Gostou de conhecer mais sobre o assunto? Então que tal aprofundar seus conhecimentos sobre a medicina integrativa? Confira mais um post em nosso blog!