A constipação intestinal — ou prisão de ventre — é um problema muito comum, mas que pode causar grande desconforto e prejudicar a qualidade de vida. O problema é caracterizado pela dificuldade persistente em evacuar, geralmente quando uma pessoa não consegue ir ao banheiro por mais de 2 vezes na semana.
Em longo prazo, a constipação intestinal causa distensão e inchaço abdominal, mal-estar, gases e distúrbios digestivos. Por isso, é essencial entender sobre o problema e buscar ajuda médica o quanto antes.
Para saber mais sobre esse assunto, suas causas e possíveis tratamentos, é só continuar lendo este post!
O que pode causar a constipação intestinal?
Primeiro, é importante entender que não existe um número ideal de vezes para uma pessoa evacuar. Essa frequência pode variar entre 3 e 12 vezes por semana e isso pode mudar, de acordo com cada organismo.
Uma constipação, além de ser caracterizada pela frequência baixa de evacuações, também pode gerar dificuldades no momento da evacuação. É comum que a pessoa que sofre com essa condição tenha que fazer um grande esforço para liberar as fezes. Além disso, a quantidade evacuada não é expressiva.
A causa mais comum associada a esse problema é a dieta do paciente. Quem sofre de constipação geralmente não ingere uma quantidade satisfatória de fibras e passa a consumir muitos alimentos industrializados. O consumo exagerado de proteína animal também está associado com a constipação.
Existem outros hábitos que favorecem a constipação, como a pouca ingestão de água e o sedentarismo. Outros fatores dissociados da alimentação podem causar um quadro de prisão de ventre, como:
- não ir ao banheiro quando tem vontade;
- estar na meia idade;
- doenças do cólon e do reto;
- alterações neurológicos e metabólicas;
- câncer colorretal;
- depressão e ansiedade;
- hemorroidas e fissuras anais.
A importância das fibras para o intestino
As fibras estão presentes em alimentos como aveia, cereais integrais, frutas e verduras. O corpo humano não é capaz de digerir maior parte delas. Desse modo, elas permanecem no intestino até o momento da evacuação, retendo água e tornando o bolo fecal mais pastoso.
Dessa forma, esse material consegue percorrer o intestino sem grandes dificuldades e não gera problemas na evacuação.
Porém, é fundamental que o consumo de fibras esteja associado a uma ingesta hídrica satisfatória (pelo menos 8 copos de água, 300ml/dia).
Quais os principais sintomas do problema?
A prisão de ventre não é difícil de identificar, mas pode ser confundida com outros problemas. Muitas pessoas têm dificuldades de ir ao banheiro quando estão viajando, quando se encontram em outras casas ou sempre que acontece a quebra da rotina, principalmente alimentar.
Nesses casos, o funcionamento do intestino se regula dentro de poucos dias e não caracteriza uma constipação. A prisão de ventre geralmente se estende por 3 meses e sempre aparece, como uma crise.
Além de ir ao banheiro menos vezes e sentir dificuldades em evacuar, é comum que a pessoa com essa condição tenha a sensação de que não conseguiu terminar. As fezes são mais ressecadas e duras, o que pode causar pequenos ferimentos e sangramento.
Como funciona o diagnóstico da constipação?
O diagnóstico da constipação intestinal é feito a partir do levantamento do histórico do paciente e do exame clínico. Geralmente, não é preciso nenhum outro exame complementar para identificar o problema, mas ele pode ser necessário quando a prisão de ventre é causada por outras doenças. Entre os exames, estão:
- avaliação dos movimentos intestinais;
- raio-x da área retal;
- colonoscopia;
- sigmoidoscopia;
- identificação de sangue nas fezes.
Na hora de marcar a sua consulta, é possível buscar ajuda com o clínico geral, um gastroenterologista, um nutricionista, nutrólogo ou proctologista. Caso a prisão de vente esteja associada a outros problemas, é possível recorrer a um atendimento multidisciplinar, que investiga a raiz dos sintomas.
Qual o melhor tratamento para a prisão de ventre?
A primeira medida adotada por pessoas que sofrem com a prisão de vente é promover mudanças na alimentação. Boa parte dos casos de constipação não estão relacionados a outras doenças, portanto, é comum que certas mudanças de hábito resolvam o problema.
Em geral, o paciente precisa diminuir o consumo de alimentos processados e procurar comer de forma natural, priorizando legumes, frutas e verduras. Além disso, é essencial incluir as fibras no prato, além de beber água regularmente e praticar exercícios.
Também é interessante priorizar alimentos que tenham uma função laxativa, como a ameixa, o mamão e as oleaginosas, como amêndoas, nozes e castanhas.
Em casos mais complexos ou emergenciais, o médico pode indicar o uso de laxantes, para ajudar a desobstruir o canal intestinal. Nesse caso, é preciso seguir as orientações a risca e não se automedicar. O uso incorreto de laxantes para quem tem prisão de ventre pode até mesmo agravar o problema.
Em alguns casos, é preciso que o paciente faça uso de supositórios ou passe por uma lavagem, que vai desobstruir a passagem e facilitar a evacuação. Em situações mais graves e menos comuns, o paciente pode passar por uma cirurgia para remover o bolo fecal e evitar uma infecção generalizada.
Outras recomendações para tratar a prisão de ventre
Se você ou alguém da família sofre com prisão de ventre, é essencial seguir o tratamento médico religiosamente. No entanto, existem outros hábitos que servem como ações complementares e podem te ajudar a se livrar do problema com mais facilidade, como:
- evitar a ingestão de álcool, uma vez que ele resseca as fezes;
- ir ao banheiro sempre que sentir vontade;
- prefira ingerir as frutas com casca;
- procure tratamento para questões emocionais;
- não deixe de procurar ajuda médica quando identificar o problema.
Embora a constipação intestinal seja um problema comum, ele não deve ser negligenciado. É comum que muitas pessoas sintam vergonha de procurar ajuda médica quando apresentam problemas intestinais, mas esse medo é irracional e pode colocar a sua saúde em risco.
Portanto, procure uma clínica de confiança e um médico que esteja disposto a esclarecer todas as suas dúvidas. Dessa forma, será mais fácil encarar a consulta e você garante sua saúde e seu bem-estar.