A doença de Crohn é uma inflamação crônica que pode comprometer a parte inferior do intestino grosso e/ou delgado. Ela também pode atingir qualquer parte do sistema gastrointestinal, desde a boca até o ânus. Em geral, a região mais atingida pelo processo inflamatório é o final do intestino delgado e início do intestino grosso (íleo).
Muitas vezes a doença de Crohn é confundida com a colite ulcerosa (ou retocolite). Ambas pertencem à classe de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). Entretanto, essa última é uma inflamação limitada ao reto e intestino grosso (cólon), afetando somente a camada interna do revestimento do intestino.
Neste artigo vamos explicar o que é doença de Crohn, comentando sobre as causas, sintomas, fases da doença, diagnóstico e os principais tipos de tratamento, incluindo a saúde integrativa que considera o paciente em sua totalidade. Continue lendo para saber mais!
Causas da doença de Crohn
A doença de Crohn é provocada por uma disfunção genética no sistema imunológico, que reage de maneira exagerada a alguns fatores externos e internos, como infecções, alterações hormonais, estresse, entre outros. Ela causa diversos problemas na saúde, reduzindo a qualidade de vida.
Essa doença ocorre mais frequentemente em fumantes. Embora seja mais comum em pessoas que se encontram na faixa etária entre 20 e 30 anos, ela também pode se manifestar em qualquer fase da vida nos seguintes grupos de risco:
- fumantes — o tabaco afeta o sistema gastrointestinal;
- histórico familiar — além dos casos da doença na família, a incidência de colite também aumenta a probabilidade de desenvolvê-la;
- alimentação — alimentos gordurosos e/ou industrializados podem afetar a forma como o intestino reage;
- ocorrência de outro processo inflamatório — a doença de Crohn pode surgir em decorrência de uma gastroenterite, que é uma inflamação intestinal provocada por um parasita, vírus, bactéria ou fungo.
Sintomas da doença
Alguns dos principais sintomas da doença de Crohn são dores e desconfortos abdominais, perda de apetite e diarreias frequentes, que podem ou não ser acompanhadas de sangramento. Além disso, a pessoa afetada pode apresentar:
- aftas;
- artrite;
- erupções na pele;
- evacuações frequentes;
- febre baixa;
- flatulência;
- inflamação nos olhos;
- lesões anais;
- náuseas e vômitos;
- perda de peso.
Quando ela surge na infância ou adolescência, a doença pode provocar desnutrição e prejudicar o desenvolvimento por falta de absorção de nutrientes. Isso acontece porque grande parte dos alimentos ingeridos não são aproveitados.
A doença ocorre em duas fases distintas, conhecidas como aguda (ou ativa) e a de remissão (não ativa). Na primeira fase, quando normalmente ela é identificada como “crise da doença Crohn”, provoca inflamações intestinais. Esse estágio pode surgir de maneira repentina, sem sintomas anteriores ou progressivamente, no decorrer de alguns dias.
Já na fase de remissão as inflamações não se encontram ativas e não apresenta sintomas. No entanto, é importante observar que vários gatilhos podem deflagrar uma crise, como a ingestão de algum tipo específico de alimentação, estresse, entre outros fatores.
Complicações que podem ocorrer
Embora não tenha cura, a doença de Crohn não é fatal. No entanto, quando não tratada ela pode apresentar complicações graves, levando a óbito, já que as inflamações podem provocar feridas com riscos de infecção do intestino. Além disso, há uma possibilidade de ocorrerem bloqueios intestinais, impedindo a passagem do bolo fecal.
Com isso pode ocorrer o rompimento do intestino e liberação de fezes e bactérias dentro da cavidade abdominal. Outro fator de complicação é a má absorção de nutrientes que pode levar a pessoa uma desnutrição profunda, gerando diversos problemas de saúde.
Diagnóstico e tratamento da doença
O diagnóstico da doença de Crohn pode ser realizado por diferentes investigações, como endoscopia com biópsia, exame de sangue (para identificar anemia que causa sangramento intestinal) e tomografia com contraste, como forma complementar de investigação.
O método mais eficaz para identificá-la é a colonoscopia. Ela é realizada com o paciente anestesiado e uma pequena câmera é introduzida no ânus para possibilitar a visualização da condição do intestino grosso e dos 20 centímetros finais do intestino delgado.
Tratamentos para a doença
O tipo de tratamento depende da fase em que a doença se encontra e da região afetada, entre outros aspectos. Em geral, o principal objetivo é manter o paciente na fase de remissão por um maior tempo possível, a fim de melhorar a sua qualidade de vida. Nesse sentido, na fase aguda da doença, as ações são direcionadas para o controle das inflamações e a redução dos sintomas. Veja, a seguir, os diferentes tipos de tratamentos.
Medicação
Utilizada principalmente na fase aguda doença. Em geral, são indicados corticoides para os pacientes recém-diagnosticados, objetivando o alívio imediato dos sintomas. No entanto, é utilizado por um curto período, já que o medicamento provoca diversos efeitos colaterais. Além desse, outros também são utilizados para combater bactérias e diarreias.
Óleo de cannabis
Em alguns casos o óleo de cannabis é utilizado para reduzir os sintomas de pacientes da doença, levando-os para a fase de remissão após 2 meses de uso.
Cirurgia
Embora seja raramente empregada, quando os tratamentos usuais não apresentam resultados favoráveis, a cirurgia pode ser necessária para alguns pacientes. Após o procedimento pode haver necessidade de alimentação parental, com a nutrição feita pelas veias.
Dieta
Esse é um dos principais métodos para controlar a doença e mantê-la em remissão. Nesse sentido, é importante observar que alguns alimentos podem servir de gatilhos para as novas crises, como os muito gordurosos, fibras e álcool (especialmente a cerveja).
Embora as fibras sejam recomendadas para a manutenção da saúde intestinal, elas também provocam o aumento da produção de gases e cólicas, condições que para um paciente da doença de Crohn, pode levar a uma nova ocorrência. Na fase de remissão elas não precisam ser excluídas da alimentação, mas devem ser utilizadas com moderação e jamais ingeridas durante uma crise.
Além disso, é muito importante manter uma boa hidratação e evitar os alimentos que eventualmente o paciente apresente alguma intolerância alimentar, como é o caso da lactose e do glúten. A insistência na ingestão de alimentos que o organismo rejeita é uma das principais causas das crises e complicações da doença.
Saúde integrativa
A saúde integrativa se fundamenta na relação médico-paciente considerando a pessoa por inteiro. Nesse sentido, a abordagem integrativa se concentra no todo, focando a saúde, a prevenção e a qualidade de vida. Para o diagnóstico e tratamento são utilizados protocolos adotados internacionalmente e que visam o restabelecimento da saúde de maneira eficaz.
Exemplo desse tipo de tratamento, pode ser encontrado na clínica Integrative que conta com uma equipe multidisciplinar, com profissionais das áreas médicas, nutricional e enfermagem para o estabelecimento de terapias, equipamentos e comunicação que objetivam um tratamento integral.
Como vimos, a doença de Crohn é uma inflamação crônica que afeta os intestinos e pode atingir qualquer uma das partes do sistema gastrointestinal, causando diversos sintomas que reduzem drasticamente a qualidade de vida das pessoas que apresentam essa condição. Nesse sentido, é fundamental buscar por um diagnóstico e tratamento eficaz, como o que a clínica Integrative oferece, com base na saúde integrativa.
Este artigo esclareceu as suas dúvidas? Para saber mais sobre o diagnóstico e tratamento integrativo da doença de Crohn, entre em contato conosco!