A depressão é hoje uma das doenças mais comentadas do mundo. Trata-se de uma doença mental séria, com graus de gravidade diferentes e diversas formas e causas. Ou seja, é um transtorno que se apresenta de uma forma única ao indivíduo que passa por alguma de suas formas.
A depressão foi eleita como a doença com mais chances de tornar pessoas incapacitadas de trabalhar. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão. No Brasil, esse número é estimado em 11,5 milhões, sendo o campeão de diagnóstico da doença na América Latina.
É necessário saber identificar os sinais da depressão e pedir ajuda médica, para um diagnóstico mais preciso e acompanhamento de caso. O acompanhamento com especialistas faz toda a diferença para a evolução da melhora do quadro.
Entenda mais sobre essa doença mental, os tipos e os sinais de depressão. Boa leitura!
O que é a depressão?
A depressão é uma doença de ordem psíquica, caracterizada por um desequilíbrio bioquímico no cérebro. Esse desequilíbrio provoca alterações no humor, em percepções e um quadro de tristeza e insatisfação profunda, que perduram por meses. Também se apresenta como uma sensação de desânimo por fazer coisas que antes eram comuns.
No cérebro, ocorre a baixa de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, levado a pessoa a um quadro de apatia por si mesmo e pela maioria ou tudo, ao seu redor. O depressivo muitas vezes não tem forças para sair sozinho desse estado, sendo preciso recorrer a alternativas que voltem a equilibrar a química cerebral.
Quais os tipos de depressão?
A depressão possui alguns tipos. Encontrar o tipo de depressão é muito importante para o processo de tratamento do indivíduo. O motivo da doença pode ser encontrado sozinho, com observação do que começou a causar o estado depressivo, ou com ajuda médica.
Veja quais são os tipos de depressão:
Distimia
A distimia se apresenta especialmente na adolescência e começo da vida adulta, mas pode também se apresentar em qualquer idade. Ela é considerada uma forma de depressão leve, porém, constante. O tempo de duração é de no mínimo, dois anos.
Algumas pessoas podem ignorar e nomeá-la como “crise” existencial (o que não exatamente deixa de ser), mas o problema é considerar que esse quadro vai sumir sozinho conforme o tempo passa, não procurando ajuda e correndo o risco de piora.
Pós-parto
A depressão pós-parto é extremamente comum na maioria das mulheres. Ela tem graus diferentes para cada uma, assim como duração diferente também. Normalmente, a depressão pós-parto dura até 2 semanas após o nascimento da criança, podendo se estender um pouco mais em algumas mulheres.
Ela é causada e caracterizada especialmente por um cansaço excessivo, mudança brusca de rotina devido ao recém-nascido e baixa autoestima com relação ao corpo e com os desafios pessoais da nova mãe. As mudanças de hormônios após o parto também são motivos para esse quadro depressivo. Quando a mulher não consegue amenizar ou eliminar os sintomas, deve procurar ajuda médica com urgência.
Psicótica
A depressão psicótica é uma forma muito grave da doença. Ela acompanha delírios, além do quadro de instabilidade emocional e profunda tristeza. Um dos sinais da depressão psicótica é ouvir vozes. Também é comum a paranoia fixa em alguma crença, como por exemplo, a sensação de perseguição ou conspiração, onde o indivíduo se sente ameaçado por outras pessoas ou alucinações.
Transtorno depressivo maior
O Transtorno Depressivo Maior (ou depressão unipolar), é a forma mais conhecida de depressão. Nela, existem diferentes níveis, sendo os principais leve, moderado ou grave. O indivíduo pode evoluir de um quadro para outro e alternar entre os quadros, mesmo com tratamento (cada um tem seus motivos).
Ele é acompanhado pelo que popularmente, para muitos, é a depressão: isolamento social e perda de interesse em todas as áreas da vida. A sensação é de invalidez no mundo.
Quais são os sinais da depressão?
Identificar em si mesmo os sinais da depressão e anotar, mesmo que mentalmente, ajuda a si mesmo a aceitar que está apresentando sinais de uma doença grave, séria e que é preciso buscar ajuda.
Os sinais comuns da depressão, são:
· cansaço físico e mental;
· estresse elevado;
· distúrbio de sono (insônia ou excesso de sono);
· distúrbio de apetite (comer demais ou falta de apetite);
· alterações no humor (muita tristeza, com ou sem picos de euforia).
Como é feito o tratamento para depressão?
Como em cada indivíduo a depressão pode se apresentar muito diferente, não é possível afirmar que todos os quadros precisam tomar medicamentos. Mas o ideal, em qualquer nível, é a psicoterapia. A terapia com um psicólogo ajuda no autoconhecimento.
O paciente aprende a avaliar seus sentimentos e pensamentos e a tomar ações sem a interferência dos distúrbios causados pelo quadro depressivo. Ou seja, com a terapia, ele cai menos em armadilhas da sua própria mente.
Os antidepressivos agem controlando as doses de neurotransmissores que o cérebro precisa para funcionar sem os efeitos da depressão ao longo do dia. Isso permite que a pessoa tenha uma vida mais próximo do normal possível.
Também é possível encontrar atividades que sejam complementares à psicoterapia e ao uso de medicamento, como exercícios físicos, sair mais com amigos, se realizar profissionalmente, ter uma boa alimentação, assim por diante.
Os sinais da depressão devem ser identificados e aceitos pela pessoa que possa estar com alguns. É preciso buscar ajuda médica assim que os primeiros sintomas aparecem e não passam após alguns dias. Somente com ajuda especializada, é mais possível evitar com segurança as consequências mais graves da doença.
Os especialistas que podem atestar se a pessoa está realmente com depressão, são o psiquiatra e o psicólogo. Porém, também é possível conversar com um clínico geral sobre o assunto, especialmente para fazer exames que eliminem outros distúrbios no corpo que possam causar mal-estar e serem confundidos com sintomas depressivos.
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